segunda-feira, 31 de maio de 2010

DESAFIO BERTIOGA – MARESIAS E 25KM EM SÃO PAULO.


Boa tarde a todos.

Este final de semana eu e o meu amigo Chuchu fomos para um grande desafio, fazer a corrida Bertioga – Maresias 75km no sábado e no domingo fazer os 25km em São Paulo.
Durante os últimos 15 dias ficamos planejando, a prova de Bertioga requer um boa logística e pessoas para fazer o apoio, pois o percurso que é difícil e isolado, não tem apoio algum da organização, o que é lamentável, para vocês terem uma idéia, a organizadores não oferecem aos atletas nen um copo de gatorade e muito menos uma fruta, por isso um bom apoio é fundamental para poder chegar, e principalmente, chegar bem.

Mas enfim, vamos para a corrida.
Acordamos por volta da 02:00hs da madrugada, encontramos nossos amigos ainda em São Paulo e nos direcionamos para Bertioga, a equipe era constituída das seguintes pessoas:
Edmilson, Chuchu, Marcio, Paulinha, Cleide, Vivi, Nelson e Gabi, teríamos também dois carros e uma bike, este era todo apoio que necessitávamos.
Chegamos cedo em Bertioga, por volta das 06:00 horas e que nos permitiu tempo suficiente para tomarmos um bom café da manhã, a saída seria as 07:00hs.Todos nós antes da largada estávamos um pouco tensos, nosso amigo Marcio atrasou, ele faria a bike, nisso o Nelson já ficou em stand bay para subir na bike e nos acompanhar, alguns minutos depois ele ligou dizendo que estava chegando, que poderíamos sair que nos alcançaria com a bicicleta.
Dada a largada, saímos com bastante tranquilidade, procurando economizar energia, um fator de preocupação era o sol que prometia ser muito forte, tenho uma frase para resumir esta corrida: “ UMA CORRIDA FEITA PARA NÃO CHEGAR, QUEM CHEGA É TEIMOSO”, quanto mais você vai passando os Kms, mais ela vai ficando difícil, ainda com sol forte, aí sim a coisa fica complicada.
Combinamos com o pessoal de apoio para eles entrarem em ação a partir do km 25, pois até este momento estaríamos bem.
Como a saída foi em um bom horário, ficamos em um ritmo confortável e antes do km 10 o Marcio com a bike nos alcançou. A esta altura por volta das 08:00 horas o sol já estava pegando forte, correr na areia e com o sol intenso, sou uma pessoa que perco muita água, correr com sol, sem uma sombra, queira ou não, você começa a ficar preocupado.
A situação para o Marcio também não era fácil, afinal teria que andar de bike em uma areia fofa, com uma mochila pesada nas costas, sol forte e ainda vinha de uma forte gripe.
O Chuchu corria muito bem, quanto a mim comecei a ter alguns problemas depois do km 25, corria com tornozeleiras em virtude de um problema que tive no tendão esquerdo, mas ela começou a machucar o pé, tive que dar uma parada para tira - lá, e aproveitar para trocar o tênis, coloquei um com melhor amortecimento.


Próximo do km 30 entramos em um tipo de mangue, onde existe uma trilha que passa uma pessoa por vez, fica um tipo de fila indiana, você tem que acelerar, pois atrás vem muitos corredores velozes, lembramos que junto existe uma corrida de revezamento, com equipes montadas com 3,6 ou 9 atletas, como fica difícil a ultrapassagem, a pessoa que esta na frente é pressionada a acelerar para não atrapalhar os que vem logo atrás. Acelerei tanto que quando saímos na Estrada Rio-Santos estava completamente extenuado e foi neste momento que sem querer disse ADEUS a minha prova, vou explicar.
Saí do mangue super cansado, levei comigo a conselho de um amigo cápsulas de guaraná, como é estimulante, e esta pessoa já havia usado e se sentindo bem, resolvi experimentar, engoli duas cápsulas de guaraná e segui em frente. Uns kms mais para frente comecei a ficar para trás, o Chuchu começou a abrir uma longa distância entre nós, o Marcio notou que meu ritmo havia caído drasticamente, perguntou-me se estava tudo bem, no primeiro momento respondi que "tudo em ordem", mas cada vez mais a distância entre nós aumentava, novamente o Marcio se aproximou e disse que a coisa estava ficando perigosa, pois ele era o apoio para os dois, e como Chuchu ficava cada vez mais longe de nós ele não teria condições de fazer o apoio aos dois, afinal teria que ficar indo e voltando, nesta situação quem quebraria seria ele e nos deixaria só.
Em um primeiro momento relutei e tinha na minha cabeça a intenção, assim que melhora-se um pouco, de tentar alcançar o Chuchu, e assim continuarmos a correr todos juntos novamente.
Mas não consegui, aquela duas cápsulas de guaraná que havia tomado tempos atrás estavam fazendo um efeito devastador no meu estômago, sentia fortes dores, não havia falado para o Marcio até aquele momento para não deixá-lo preocupado, mas não tinha mais jeito, avisei o que sentia, ele logo veio com a solução, iria pedir para o Nelson entrar em ação do seguinte modo:
Entregaria a bike para o Nelson para fazer o apoio do Chuchu e ficaria comigo para me ajudar, chegamos ao ponto onde encontramos o pessoal, explicamos a situação ao Nelson, foi um momento de bastante apreensão, afinal mudaria totalmente a logística da prova, o Marcio faria uma corrida sem o tênis apropriado, e o Nelson acompanharia o Chuchu de bike em um percurso que dalí em diante seria o mais difícil, fora isso as meninas teriam que fazer o apoio de todos que seguiam, ou seja, elas teriam que tomar conta de dois carros e apoiar quatro pessoas, a coisa tinha complicado, mas todos se conscientizaram que teríamos que dar algo mais para que pudéssemos chegar ao final da prova, foi um momento em que a palavra EQUIPE mostrou-se na pratica seu significado.Eu pagava um preço alto por fazer uma coisa que não estava acostumado, apesar de toda a minha experiência em corridas longas, havia cometido um erro fatal, entramos em uma praia de aproximadamente 22 kms de extensão, o Nelson que ficou um pouco atrás arrumando as coisas na mochila nos alcançou e pegou mais alguns copos de água e foi com muita determinação ajudar o irmão que a essa altura corria sozinho pela longa praia.As meninasseguiram em frente indo para outro ponto da praia preparar as coisas para assim que chegássemos não faltar nada, também cheias de incertezas, mas firme na convicção de ajudar a equipe no que fosse necessário, e nesta hora aconteceu uma coisa que para mim foi mais que uma declaração de amor da Vivi para o guerreiro Marcio.
O Marcio foi conosco para fazer o apoio de Bike, em nenhum momento achou que tivesse que descer da bike para correr, portanto estava com uma sapatilha para pedalar, a sua futura esposa lembrando deste detalhe e sabendo também que o mesmo não me abandonaria em hipótese alguma, pegou o carro e foi até Maresias para comprar um par tênis de corrida e assim ajudá-lo e avitar que pudesse ocasionar alguma lesão, estamos falando de rodar uns 100km idade e volta e ainda dar o apoio aos atletas que estavam correndo, todos nós ficamos emocionados com a atitude de companheirismo feito por ela.Eu corria nesta longa praia, mas não estava aguentando mais, apesar de todas a palavras de apoio que o Marcio me dizia a dor era muito intensa, sabia que a prova para mim estava chegando ao fim, afinal com dor de estômago não conseguia tomar água, sem poder beber água, sem poder comer, e ainda com muita dor, era certo que não iria muito longe.
Mais para frente, eu mais uma vez daria o tiro de misericórdia em mim mesmo, até então não tinha noção que o mal vinha do guaraná, chegando quase perto do km 55, pensei comigo que o problema que sentia era um desequilíbrio eletrolítico, ou seja, falta de sódio, afinal o sol forte fazia com que perdesse não apenas água, mas sais minerais, tinha comigo um flaconete com shyo e tomei, foi a mesma coisa de dar um soco na boca do estômago, definitivamente dei adeus a corrida, estava para entrar em uns dos piores trechos do percurso, no estado em que se encontrava, não tinha a menor condições de ultrapassar os obstáculos que haveria pela frente, e deixaria a equipe totalmente preocupada, pois ficaria muito para trás e as meninas teriam que se dividir, pois o Chuchu estava muito na frente, esta divisão naquele momento seria inviável, acabaria atrapalhando a todos, e talvez não chegasse ninguém ao final da prova.
Somos uma equipe, neste momento não poderia pensar só em mim, tinha que pensar no trabalho que daria e na preocupação que causaria à todos, por isso tomei a decisão de abortar, e podem ter certeza quem me conhece sabe que foi uma decisão difícil e muito dolorosa, todos ficaram tristes mas tínhamos um atleta que precisava de nossa ajuda para poder chegar, agora o apoio todo era para o Chuchu.


Fomos ao encontro do Nelson e do Chuchu para incentivá-los e apoiá-los no que pudéssemos.
Os encontramos próximo ao km 65, o Marcio e o Nelson faria o apoio de perto, fiquei com as meninas, assumi o volante já que as minhas condições eram a piores possíveis, não seria de grande valia no campo de batalha, procurei ajudar do jeito que pudesse, um pouco antes de chegar na subida de Maresias, que é a grande muralha para chegar ao fim da prova para muitos corredores, parei o carro, junto estava a Vivi, Paulinha, Cleide e a Gabi, seria o apoio final, onde poderiam se hidratar e comer alguma coisa se tivessem vontade.
Os atletas estavam bem, o Chuchu pronto para subida, o apoio do Marcio e o Nelson seriam agora fundamentais para a chegada, neste momento a Cleide desceu do carro e convidou a Paulinha para subirem correndo o morro, e lá foram elas, apesar de toda a correria que haviam feito para nos ajudar ainda estavam com disposição para esta corrida final.
Pegamos os carros, agora a turma de apoio era menor, mas mesmo assim continuávamos lutando juntos para que todos chegassem bem, o apoio era: Vivi, Gabi e Edmilson, correndo agora estavam: Cleide, Paulinha, Chuchu, Nelson e Marcio, fomos até onde poderíamos apoiá-los, na subida da Serra de Maresias não é mais possível parar o carro para ajudar, então seguimos para a linha de chegado, certos que fizemos o máximo possível que cruzassem a linha final.
Estávamos na linha de chegada quando os atletas começaram atravessa-la, foi uma mistura de frustração e satisfação, afinal gostaria muito de estar cruzando a linha como no ano passado, mas fazemos uns planos e Deus faz outros, e ao mesmo tempo senti muita satisfação por de alguma maneira poder ter contribuído para que todos chegassem bem, fiquei feliz comigo como pessoa.
Sempre nestas corridas a pessoas trabalham para que eu chegue, sempre falo de equipe, no momento em que quebrei poderia ter ficado chateado e choramingando, ao invés disto me incorporei a equipe que lutavam bravamente para que os atletas que brigavam contra todas as adversidades chegassem e acima de tudo chegassem bem.
Sei que o texto desta vez foi um pouco longo, mas é uma corrida que merece que todos os detalhes sejam contados , foi maravilhoso poder participar não só de uma corrida, foi algo muito maior, não houve vencedores nem vencidos, houve união,companherismo, onde todos ganharam, estive com amigos e minha esposa Cleide, depois de uma corrida desta um dia como este, todos nós voltamos diferentes para casa, não tenho duvidas que voltamos melhores como seres humanos.
Todos voltaram com planos para o futuro, as meninas planejam uma equipe feminina para o revezamento em outubro, o Marcio que fazer a corrida solo, eu e o Chuchu nos prontificamos a fazer o apoio de bike, o Nelson vai correr na Áustria, esse ficou isibido.
Dou os parabéns a todos que estiveram nesta grande aventura, foi realmente fantástica, em especial ao Chuchu que fez uma corrida perfeita e lembrando que em outubro tem mais.
Chegando em Sampa fomos comer uma belar carne, afinal estavámos todos sem almoçar.


No domingo estive com minha amiga Lú correndo 12,5km, ainda com dores estomacais.
Como era a primeira vez dentro do Jockey Club, foi muito estressando para retirada do Kit, para vocês terem uma idéia a largada foi dada e eu ainda não havia retirado o kit, quando consegui não tinha mais ninguém na linha de largada, a vontade era de ir para casa. Procurei correr tranqüilo com a Lú ditando o ritmo, mas as coisas ainda não estvam bem para o meu lado, com dores forte todas a vezes que tomava água, fiz só metade, e ficamos batendo um papo.
Bom desculpa pelo texto longo, mas tinha muita história para contar.

Abração a todos.

PROXIMO TIRO: MARATONA DO RIO DE JANEIRO – 18/07/2010 – ATÉ LÁ.

5 comentários:

Anônimo disse...

Este final de semana fiquei muito FELIZ de saber que uma equipe faz MUITA diferença mesmo sabendo dos contra tempos. TODOS estava focados para os nossos 2 corredores concluir até linha de chegada.
Esse meu 1º parabéns, vai especialmente para VIVI, PAULINHA, CLEIDE, NELSON E ESPOSA DELE ( pedoa me mas esqueci nome dela, mas nos ajudou muuuuuiiiiito). Porque sem essas pessoas eu não tinha conseguido fazer 1/3 do apoio e muito menos os nossos corredores conseguiria correr até termino.
Edmilson nossa corrida é feito DETALHES apenas nos dois sabemos desses detalhes desta corrida, não fiquei triste porque vc não conseguiu terminar, mais fiquei muito contente de saber que essa pessoa (EDMILSON) é uma GRANDE GUERREIRO. Vc é umas das pessoas que tenho como exemplo de vida.
CHUCHU vc é pessoa que dispensa todos comentários . . . estava muito concentrado, eu tinha mais que certeza que vc iria terminar essa corrida. PARABÉNS porque também é GRANDE GUERREIRO.

Parabéns a todos desta, mais imagem que eu tenho no final desta corrida é nosso amigo BARBA-NELSON chorando de felicidade, vendo o seu GRANDE irmão CHUCHU passando linha de chegada, Foi ali que terminou o nosso trabalho de apoio.

Deus abençoa muito essa família, porque isso pra mim nunca terá preço.

bjos e abraços
mrs

Anônimo disse...

ola meus amigos nossas vidas paresse uma magica mais e ajustada por deus mais so percebemos quando ela e posto e prova neste ano dive duas grandes esperiencias as de 100 km em cubatao quando eu vi uma pessoa que nao costa de correr muito toma uma iniciativa e acopanhou seu noivo correndo aquilo feis com que todos nois cansado ou nao passase a correr com todos eles, depois na maratona uma outra mulher nossa irma que ireia correr 25 km percebeu que eu estava ficando para tras me deu um grande presente cantou e me disse vamos correr ate o final os 42 197 ao termino quando falei a minha esposa que eu vou fazer mais uma maratona este ano e se terminace bem eu ieia para o 100 de cubatao ai veio a supresa entao vou aprender a dirigi para trazer voce para casa, entao so o que eu posso dizer e que deus apresentou a corrida a nois os maridos e nossas esposa e amigas estao nos dando a groria parabens a todos voceis obrigado ( junior )

Anônimo disse...

Tudo que vivemos ali dispensa comentários, foi um sábado MAAAAARAVILHOSO. Bjão KEKE

Ana Paula Vieira de Carvalho disse...

BEM não sei nem o que dizer, todos ja falaram tudo, foi o maximo, voltamos melhores como seres humanos para casa, a nossa equipe formada foi maravilhosa, eu diria perfeita um sabado maravilho.Bom a subida é CRUEEEEL muito dificil mais não impossivel, com garra agente consegue,BOM O NELSON CUNHADO , O MARCIO IRMÃO , O EDMILSOM IRMÃO E O GRANDE CHUCHU MARIDO FORAM O MAXIMO ELES SÃO GLADIADORES SÃO GUERRREIROS aquilo ali não é para qualquer um fiquei muito feliz e honrada por ter pessoas ao meu lado que tem garra para terminar uma prova como aquela, principalmente um MARIDO MARAVILHO QUE APÓS FAZER 75KM FEZ 25KM E CHEGOU EM CASA LAVAOU A LOUÇA E ME AJUDOU COM O ALMOÇO RECEBEU SEUS FAMILIARES BEM E O TERCEIRO DESAFIO ESTAVA POR VIM NA SEGUNDONA ELE COMPLETOU ELE É O MAXIMO. E O ADMIRO MUITO TB AOS OUTROS E AOS NOSSO AMIGOS QUE APOIARAM SEMPRE EM TODAS BJUSSSSSSS A Cleide irmã a Vivi irmã, a Gabi irmã um grande bju e desculpa por algo nos veremos no revezamento, meninas vamos nos preparar e TRECHHHHHHH NÃO E´FACIL MAS NÃO É IMPOSSSÍVEL BJUSSSSS Ana Paula paulinha

lia disse...

parabens para tdos participantes dos 75 km cleidizinha vcs sao o maximo