segunda-feira, 22 de setembro de 2008

REVEZAMENTO PÃO DE AÇUCAR



Bom dia a todos.
Este final de semana estive na região do Ibirapuera participando da Maratona de Revezamento Pão de Açúcar.
Muito frio e muita chuva resumiriam o dia da corrida na região, mas as coisas estavam piores, deixa eu contar a historia.
Na semana anterior a prova fui acometido de uma gripe muito forte, que começou exatamente na segunda feira, passei a semana toda tomando chá e remédios para tentar reverter a situação na qual eu me encontrava, já que teria que correr no domingo.
Na sexta feira eu já estava desesperado, porque a gripe não passava apesar de todos o cuidados que havia tomado, os treinamentos para a corrida estavam comprometidos, não conseguia me alimentar corretamente,totalmente sem paladar, na sexta anoite acabei por tomar uma injeção de Benzetacil com Voltarem para ver se conseguia resolver drasticamente o problema e estar em condições de participar da corrida. Nada.
Passei o sábado tomando chá e medicação e nada de ficar bom, o sábado foi outro martírio.
Chegou o domingo, eu e a Cleide acordamos as 05:00hs, eu acordei muito mal, fui até a janela, quando olho para fora, aquela chuva e muito frio, tive vontade de desistir e voltar para a cama. Só que a corrida de revezamento são vários atletas formando uma equipe, se você desistir alguém será sacrificado, pois terá que correr por ele e pela outra pessoa que faltou, quer dizer outra pessoa passaria pelo frio e pela chuva no meu lugar, como não sou homem de fugir da luta, fui para o chuveiro tomar um banho e ir para a "BATALHA", sim para este soldado, seria uma batalha.
Procurei me agasalhar o melhor possível e fomos ao ponto de encontro, chegamos na região e já estavam por lá o meu cunhado Didimo e meu irmão Edson (este foi de moto, muito corajoso o menino),ou seja, a equipe estava completa. A saída seria dada pelo Didimo as 07hs eu faria a troca seguinte depois a Cleide e fecharia com o Edson.
Enquanto o Didimo ja corria a primeira perna eu sofria bastante para manter o corpo aquecido, depois de 40 minutos de corrida fui para a área de troca, acho que São Pedro estava querendo realmente me testar, foi só chegar a área de troca a chuva e o vento desabaram de vez, todo o aquecimento que acabara de fazer foi por agua abaixo.
A minha sorte foi que encontrei a turma do SESC Pinheiros, estavam também para a troca a LÚ e o Crezildo, passamos a brincar um com o outro, isso me fez esquecer um pouco do sufoco que estava passando naquele momento. Enfim o Didimo chegou, passou o chip com a pulseira e fui embora na minha batalha pessoal, a corrida é assim: só você sabe a luta que esta travando para chegar ao seu objectivo que é concluir a prova.
Comecei com muita dificuldade, a respiração não estava sincronizada com as passadas, nos primeiros 2KM achei que não conseguiria mais correr, mas aí você começa a conversar com você mesmo, não poderia desistir naquele momento, afinal fazia parte da equipe, tinham pessoas que estavam me esperando, passando pelas mesmas dificuldades que eu, se não pior, pois estavam paradas e molhadas, ou seja, passando um baita frio, estavam me aguardando, não, não poderia desistir, tinha que chegar de qualquer jeito. Procurei diminuir o ritmo e cadenciar a respiração com as passadas, a coisa melhorou um pouco, como era meu dia de provação o meu ténis desamarrou duas vezes, sim duas, a coisa tava brava. No KM5 e no KM7 tive alguns episódios de tonturas e novamente tive que diminuir o ritmo, pois me assustou um pouco porque a foi bem intenso, apesar de tudo consegui concluir a prova, "BATALHA FOI VENCIDA"

Esta corrida foi um verdadeira superação, não só no meu caso, mas todos que foram participar.

Gostaria também de falar de um momento que mostra o quão solidários a corrida nos deixa.
Quando cheguei aos frangalhos e passei o chip para a minha esposa Cleide que mesmo tendo que correr os 10.560KM, a maior preocupação dela era me avisar onde estava a minha blusa de frio para que eu pudesse me agasalhar, quem corre uma Maratona de Revezamento sabe que essa troca é super rápida e não da tempo pra muita coisa, mas mesma assim ela achou tempo para cuidar.
Outra episódio foi com meu irmão Edson, me estendeu a mão e me amparou naquele momento,já que cheguei exaurido, foi muito bom ele estar ali para me receber.
Apesar de tudo me sinto muito orgulhoso da EQUIPE, foi uma superação de todos.
Gostaria de dar os parabéns também as outras equipes que participaram da prova e passaram pelas mesmas dificuldades.
Foram formadas por:
Glaucio, LÚ, Damião e Danilo.
Crezildo, Arnaldo, Cleber, e Marcio.

PARABÉNS A TODOS, REALMENTE FOI UM DIA DE SUPERAÇÃO.

PROXÍMO TIRO SERÁ NA MÓOCA DIA 28/09/2008, ATÉ LÁ

Um comentário:

Marcia disse...

Oi querido cunhado/compadre...adorei seu blog e achei muito importante suas postagens, acredito que faz bem a quem lê e a si próprio...As vezes na correria do dia-a-dia, fazemos coisas que não damoas a devida atenção pela própria agitação, mas quando colocamos no papel e lemos nos surpreendemos de quanto realizamos e a tamanha importância de tudo isso e lamentamos coisas banais e desgastantes que ocorrem. Devíamos celebrar nossa existência, superação, garra, sempre... Seja na corrida, seja com amor à familia, seja com o mundo! Adorei as fotos! Logo mandarei as fotos dos atletas do basquete tbm... Bjos.